Além das nossas próprias tristezas, vemos também as aflições que atingem a outros. E o simples fato que somos cristãos pode levar-nos a ter uma maior visão sobre as condições do mundo do que podem fazê-lo outras pessoas. Podemos ver com maior clareza os efeitos devastadores do pecado, a futilidade dos prazeres efêmeros, em que tantos homens confiam quanto ao sabor e à satisfação de suas vidas. A tristeza e a alegria, na experiência cristã, na realidade não são pontos apostos, mas fazem parte realmente necessária da mesma experiência que tem por intuito formar CRISTO em nós, e, assim sendo, são meios diferentes de cumprir a vontade de DEUS em nossas vidas. Precisamos aprender a conhecer a CRISTO na comunhão dos seus sofrimentos, e não meramente no triunfo de sua alegria. "PARA O CONHECER, E O PODER DA SUA RESSURREIÇÃO, E A COMUNHÃO DOS SEUS SOFRIMENTOS CONFORMANDO-ME COM ELE NA SUA MORTE." (Fil. 3: 10). E isso para que possamos ser conformados à sua morte. Disso é que fluirá, eventualmente, a vida ressurreta, conforme esse mesmo versículo citado nos mostra.
A tristeza e o regozijo se originam da mesma raiz divina, e têm por finalidade realizar os desejos do Espírito de DEUS ainda que de maneiras diferentes. Como todos nós sabemos, os apóstolos eram pregadores itinerantes e pobres, no entanto, levavam consigo um tesouro de valor inestimável, transmitindo-o a outros. Quando aos seus recursos físicos eram paupérrimos, sendo o apóstolo Paulo forçado a fabricar tendas, e algumas vezes tinha a necessidade de aceitar presentes em dinheiro das igrejas. (2 Co. 11:9 e Fil. 4:15). Os vasos que transportavam essas riquezas eram apenas barro; no entanto, transportavam riquezas inauditas. (2 Co. 4:7).
Os opositores do apóstolo Paulo provavelmente sublinhavam sua pobreza extrema, munidos daquela mentalidade que dizia que a piedade é abençoada com a prosperidade, uma ideia comum no A.T., e daí deduzirem que a pobreza de Paulo era merecida, como castigo contra a sua vida diária pecaminosa. Paulo responde negativamente, e dia que apesar dos apóstolos serem pobres, enriqueciam a muitos. Porém, as riquezas aqui aludidas são indubitavelmente de natureza espiritual, aquelas que ele transmitia a outros através do seu ministério fiel. O Senhor, com sua pobreza fez a muitos ricos. "POIS CONHECEIS A GRAÇA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, QUE, SENDO RICO SE FEZ POBRE POR AMOR DE VÓS, PARA QUE, PELA SUA POBREZA, VOS TORNÁSSEIS RICOS." (2 Co. 8:9). Todas as coisas são do cristão, com a mesma certeza de uma herança segura. A bem-aventurança, dos mansos, daqueles que nada reivindicam para si mesmos, e que eles herdarão a terra.
Portanto, "TUDO É VOSSO; SEJA PAULO, SEJA APOLO, SEJA CEFAS, SEJA O MUNDO, SEJA A VIDA, SEJA A MORTE, SEJAM AS COISAS PRESENTES, SEJAM AS FUTURAS, TUDO É VOSSO, E VÓS, DE CRISTO, E CRISTO DE DEUS." (1 Co. 3: 21: 23).
Amém!!!